segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


O comportamento sexual pode ser um reflexo hereditário, um aspecto médico, cultural, circunstancial, etário e pessoal. A sexualidade é muito complexa, tanto qualitativamente como quantitativamente.


Hipersexualidade


A maioria das pessoas com sintomas de hipersexualidade não apresentam nenhum sintoma aparente, de outra disfunção neuropsiquiátrica. Será correcto pensar-se numa patologia para estas pessoas, ou seja, estamos perante uma condição médica, ética ou pessoal?


Para se pensar na hipersexualidade como patológica, segundo os autores e as directrizes da psicopatologia, o Comportamento Sexual Compulsivo deveria causar sofrimento emocional e proporcionar sérias consequências interpessoais, ocupacionais, familiares e financeiras. Mesmo assim, este seria um critério dúbio, pois se há uma sexualidade patológica, na qual o apetite e as fantasias sexuais aumentam a tal ponto que ocupam quase todos os pensamentos e sentimentos, estariamos perante um Obsessivo-Compulsivo com sintomatologia sexual.


Por outro lado, se a pessoa exige gratificação sexual sem maiores considerações éticas, morais e legais, envolvendo-se numa sucessão impulsiva e insaciável de prazeres, está-se perante uma Perturbação Borderline da Personalidade, com sintomas sexuais.


Contudo, o Comportamento Sexual Compulsivo pode ainda estar associado a outras doenças psiquiátricas, particularmente ao abuso de substâncias psicoactivas, Perturbações da Ansiedade, Perturbações da Personalidade e outras Perturbações do Controlo de Impulsos.


É muito difícil diagnosticar qualquer destas Perturbações ou Comportamentos de Hipersexualidade. Múltiplos factores devem ser tidos em consideração para um bom diagnóstico.


As pessoas devem deixar os termos ninfomania e donjuanismo, rótulos prejorativos que só trazem problemas na definição das Patologias relativas à Sexualidade.


Para mais informações consultem





segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sessões técnicas


Na passada sexta-feira a Unidade de Educação Sexual promoveu a realização de duas sessões técnicas na escola.

Os alunos de CTE.10.13 e CTR.10.13 foram as turmas que receberam a Dra. Hermengarda Pinto para mais um ano de apoio à Sexualidade saudável na Escola.

As turmas entusiasmaram-se com a sessão técnica, colocaram questões; em suma, colaboraram para o sucesso da sessão técnica.

Esperemos que os seus comportamentos e atitudes face à sexualidade evoluam favoravelmente tendo em vista a prevenção e a promoção da sua saúde.



Aproximam-se mais novidades da Unidade de Educação Sexual.



Até lá gostava de receber propostas dos nossos alunos para mais actividades da Unidade de Educação Sexual.



UES - Unidade de Educação Sexual

quarta-feira, 10 de novembro de 2010


O autismo é visto como uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afecta a capacidade de comunicação do indivíduo, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente, segundo as normas que regulam essas respostas.




Diz-se muito que um autista tem um atraso no desenvolvimento cognitivo, contudo estes indivíduos podem ter competências bastante desenvolvidas.




Alguma vez viram uma pessoa a desenhar em espelho? A falar outra língua que não a sua de forma corrente e clara?




É possível que sim, mas são poucas que conseguem desenvolver estas competências de forma exemplar.




Um autista tem dificuldades na relação com os outros e até pode ter dificuldades de linguagem levando às dificuldades cognitivas. Contudo, a maioria dos autistas desenvolvem uma competência de forma extraordinária, e podem ter sucesso profissional derivado dessa sua competência.




É altura de deixarmos de ver um autista como alguém incapaz de....


Vamos focar as suas capacidades e vamos tentar usufruir ao máximo delas para o ajudarmos a combater as suas dificuldades.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Síndrome do Afecto


Sabem o que é a Síndrome do Afecto?

É a Síndrome de Down vista de uma forma positiva, única e genuína.

Todos deverão saber que a Síndrome de Down geralmente está associada a algumas dificuldades do desenvolvimento cognitivo, ou se lhe quisermos chamar, da inteligência cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento e advém de uma má formação congénita (durante a replicação de cromossomas na gravidez) do cromossoma 21.


Mas será esta síndrome apenas este fenómeno negativo e que deprime pais, amigos, familiares, população?

Sabiam que estas crianças e adultos têm uma Inteligência Emocional enorme, capazes de amar qualquer um pelos seus defeitos? Capazes de compreender que, não compreendendo, estamos num dia péssimo, e esquecendo, perdoam quando as magoamos?

Estas crianças e adultos são genuínos, incapazes de mentir, adaptam-se às relações interpessoais de forma única, porque se entregam às emoções. Só desconfiam de pessoas externas à família nuclear e que as magoam.

Ontem iniciei um trabalho com um menino de nome ficticio João. O João tem uma síndrome ligada ao cromosso 16, muito rara. O João e os pais realizaram os mais diversos exames e lutam diariamente por um diagnóstico mais positivo que não identifique atraso, que lhes digam que o filho é uma criança "normal". Todos os dias passam por provas e exercícios de estimulação, cansativos e torturantes. É difícil compreender o que o João diz, contudo, a sua linguagem não verbal é extraordinária. Com um gesto ou uma expressão facial facilmente compreendemos necessidades, sentimentos, emoções.

Poderiamos referir de forma egoísta que quem precisa de amor deveria ter por perto uma criança como o João. Esse sentimento seria completamente preenchido.

Mas preocupando-nos com os outros, o João como outras crianças só precisa de um pouco do nosso tempo para evoluir e nós precisamos do dele para sermos pessoas mais ricas nas relações interpessoais.

Aqui fica um vídeo demonstrativo da riqueza das crianças e adultos com síndrome do Afecto.


Bons afectos.

A diferença

Caros alunos!

A Unidade de Educação Sexual tem este ano um novo tema. Procuramos valorizar as diferenças pelas coisas positivas que nos trazem.

Poderão achar que é surreal ou que não existem, contudo vamos mostrar-vos que as diferenças têm o seu lado fantástico que deverá ser sempre mais valorizado que o lado negativo.

Convidamos toda a comunidade escolar a partilhar diferenças, valorizando-as.

"Todos diferentes, todos iguais".

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Gravidez na adolescência

A adolescência é um período complexo e difícil, intensamente vivido, dado que é marcado por modificações rápidas a diversos níveis e por desafios e problemas cuja resolução marcará profundamente a vida futura. Não sendo já criança e não sendo ainda adulto, o adolescente vive uma excitante e arriscada fase de transição. Esta é uma época caracterizada por múltiplas transformações: biológicas, cognitivas, sociais e afectivas. A adolescência é a alvorada de uma nova era, uma espécie de segundo nascimento, uma viagem à procura de si próprio, da sua identidade pessoal, para ser responsável pela sua própria vida.


Dentro das transições normais da adolescência, contamos com as primeiras relações intímas com uma pessoa, normalmente, do sexo oposto; as primeiras experiências com substâncias ilícitas, embora, felizmente, não para todos os jovens; a entrada no mundo do trabalho; a ida para a Faculdade. Dentro desta "normalidade" o jovem encontra inúmeros obstáculos, dificuldades e desafios que muitas vezes os entristecem, na melancolia repentina de um jovem, que nem sempre sabe se escolheu o que realmente gosta ou quer ser. As dúvidas pairam no ar em cada movimento, em cada escolha.


Se a este turbilhão de emoções pela busca da sua identidade, o jovem encontra uma transição inesperada, como uma gravidez, a sensação de perda, de sofrimento, de futuro vazio, aumentam.

O jovem sente-se sozinho no meio do labirinto cheio de monstros, sem uma saída ou uma luz que lhe indique as opções a seguir. O desespero aumenta diariamente quando pensa no melhor discurso para dizer aos pais, ou numa forma de pedir ao (à) companheiro (a) para abortar. Além de todas as decisões relativamente a si próprio, agora terá de pensar num "nós" inimaginável a um jovem que deseja um futuro recente individual. O adolescente é egocêntrico, tal como as crianças, e por isso nesta fase terá muitas dificuldades em pensar noutra coisa se não, no melhor para ele próprio. É muitas vezes a rapariga que assume socialmente o erro, se é que se pode chamar de erro a algo tão natural como gerar um filho. A rapariga treinada e educada para servir mais aos outros, decide muitas vezes, juntamente com os pais, levar a gravidez a bom porto, e normalmente, fica sozinha porque, o pai adolescente raramente assume uma criança que lhe pode destruir o futuro.


Pela quantidade de vivências que os jovens têm pela frente, pelo egocêntrismo que apresentam, pelo futuro tão almejado, pede-se aos jovens que vivam tudo intensamente, mas que se protejam deste desconforto, desta ansiedade, destes medos...usem um dos métodos contraceptivos de que já falamos anteriormente, e sejam felizes.


Uma gravidez deve ser desejada por ambos, porque um filho, ainda, precisa de duas pessoas para ser concebido; e também deve ter duas pessoas que o ajudem a crescer.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Gravidez e cultura


Hoje comemora-se o Dia Internacional da Criança.


Deste modo, vamos iniciar hoje no nosso blog o tema da gravidez.


Estudos transculturais sobre costumes, mitos e superstições manifestam-se de grande interesse na compreensão da psicodinamia da gravidez. As diferenças entre povos primitivos e povos ocidentais são interessantes para o desenvolvimento do feto. Enquanto nos povos primitivos é geralmente praticada a frugalidade (a mulher grávida come pouco e os seus desejos alimentares são contrariados), nos povos ocidentais existe a ideia generalizada que a boa alimentação da grávida é essencial para o desenvolvimento do feto e os apetites da grávida são satisfeitos ou mesmo encorajados. Curiosamente, nos povos primitivos em que a regressão oral é contrariada são raras as náuseas e os vómitos enquanto que nos povos em que a oralidade é estimulada existem, com frequência, náuseas e vómitos durante a gravidez.


Relativamente à genitalidade passasse o inverso: enquanto que nas culturas primitivas existe a ideia de que as relações sexuais durante a gravidez são benéficas para fortalecer o feto, nas culturas ocidentais pensa-se que podem prejudicá-lo. Assim, enquanto que nas culturas primitivas se acredita que o sémen ajuda a desenvolver o feto, os povos ocidentais consideram que o que é importante não é a genitalidade mas sim a alimentação da grávida.


No que diz respeito aos tabus, as teorias psicodinamicas de Freud explicariam alguns fenómenos interessantes que deixarei para quem tiver curiosidade em saber mais. Podem procurar essa informação na Unidade de Educação Sexual da EPN.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sessões Técnicas Educação Sexual


Olá a todos!


Esta semana terminamos o ciclo de sessões técnicas sobre "Saúde do amor" com a Drª. Hermengarda Pinto.


Considero que tivemos dois momentos chave nestas sessões.

O primeiro momento fica marcado com imagens chocantes e reais do que pode acontecer a quem não utiliza o preservativo nas relações sexuais e adquire doenças sexualmente transmissíveis. Neste primeiro momento, a generalidade dos alunos mostrou-se chocada com as imagens..."qué isto stôra?", "euh...tire isso daí", "mais não".


O segundo momento encerra a sessão técnica com os métodos contraceptivos que previnem gravidezes. Muitos dos nossos alunos conseguiram esclarecer algumas dúvidas quanto à utilização dos métodos e a diversidade de métodos existentes. Foi gratificante ver que muitos alunos já conheciam os métodos e menos agradável perceber que os que conheciam menos, não conheciam a forma de tomar de nenhum deles. Isto indica que a extensa informação disponível sobre métodos contraceptivos chega a todos mas só alguns têm a preocupação de saber exactamente tudo o que têm ao seu dispor e todos os procedimentos a adoptar.


Considero que estas sessões foram muito úteis e os nossos alunos conseguiram reter as informações mais importantes. Agora têm maior consciência dos seus actos e conhecem os riscos que correm se não se prevenirem e não promoverem um bom estilo de vida.


Enquanto forem adolescentes e mudarem de namorados, enquanto não tomarem a opção de ter um único parceiro (casamento ou união de facto) e ter filhos, por favor, previnam-se das doenças sexualmente transmissíveis. Não é desconfiar do parceiro actual, mas pensar na nossa e na saúde dos outros. Afinal, não sabemos com quem o nosso parceiro esteve antes, e muito menos com quem os parceiros do nosso parceiro estiveram. É um ciclo...


Pensem nisto.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Beijo


O Beijo é sensível e forte, é pesado e leve, é doce e amargo, é intenso e suave, é amor e amizade. O beijo pode ser sexy, lento, rápido, simples, quente.


Todos os dias damos beijos com emoções diferentes, mas todos importantes e com o seu significado.


Os beijos apixonados libertam endorfinas; substâncias químicas que proporcionam sensações de prazer, euforia e bem-estar. O beijo permite acalmar uma pessoa stressada e combater a depressão, aumentando a auto-estima da pessoa, já que há outra pessoa que aceita o acto. O beijo permite a perda de calorias.


O beijo é por isso um factor importante para a saúde individual, pessoal e mental de cada pessoa.


O beijo pode dar tanto bem-estar e prazer como bom sexo, além de que é muito mais fácil de fazer, tanto em público como na intimidade. Infelizmente o beijo tem sido negligênciado face ao sexo.


Contudo, nem tudo é perfeito e num beijo a pessoa pode adquirir 250 vírus e bactérias diferentes e os resíduos da saliva permanecem na boca durante 3 dias.


O beijo é tão viciante como o café ou o tabaco. Os químicos libertados durante um beijo pedem logo outro de seguida aumentando assim a produção da ocitocina no cérebro. Esta hormona estimula o cérebro que pede mais um beijo para nova estimulação.


O beijo dá-nos informações gustativas, olfativas, por se estar mais próximo da pessoa, táteis, pela sensação que nos deixa, visuais, quando se beija com os olhos abertos. Deste modo, pode-se conhecer mais e melhor o parceiro.


Dia Mundial do Beijo, 13 de Abril.


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dia Mundial da Saúde


Criado em 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial da Saúde visa alertar as pessoas para os principais problemas que podem atingir as populações. Este dia é uma forma de divulgar e cativar as pessoas para os rastreios importantes para a saúde.


Ter saúde é garantir o bem-estar das pessoas, envolvendo harmonicamente os aspectos físicos, mentais e sociais das mesmas.


É necessário que informações acerca da higiene, doenças, prevenção, formas de contágio, poluição, dentre outras, cheguem à população, pois desta forma o governo poderá fazer um trabalho preventivo, melhorando a saúde da população e diminuindo gastos com a saúde pública.


Sendo de responsabilidade dos governantes, a saúde pública deve ser levada a sério tanto pelos municípios como pelo governo.


O saneamento básico é um desses aspectos para se manter a saúde de uma população, pois garante que a água tratada chegue até nossas casas e que as redes de esgotos estejam devidamente limpas, diminuindo os riscos de contaminação por bactérias.


Campanhas de vacinação também é uma forma preventiva de cuidar da saúde das pessoas, pois através delas é possível evitar doenças e epidemias entre as pessoas. Relativamente à sexualidade, temos a mais recente campanha de vacinação contra o cancro do cólo do útero, causado por uma das estirpes do Vírus do Papiloma Humano.


Participar de pequenas associações também é uma forma das pessoas adquirirem informações sobre a manutenção da saúde, pois estas estão diretamente ligadas a governantes, que devem assumir tais responsabilidades; promover discussões e reflexões visando maior amplitude do tema, procurar soluções para manter o saneamento ambiental, garantindo o desenvolvimento social e económico de um país.


Outra forma de garantir a saúde da população é fornecer condições dignas de trabalho, a fim de proporcionar ganhos suficientes para que as pessoas possam manter uma alimentação de qualidade. Através de uma boa alimentação as pessoas adquirem uma forma saudável de manter a sua saúde, evitando despesas com planos de saúde e remédios.


Não é só o governo que deve colaborar, toda a população deve trabalhar pensando na sua saúde. Gestos como deitar uma pastilha elástica no chão, ou andar de carro para todo o lado devem ser repensados. Se fazemos mal ao ambiente, fazemos mal a nós próprios também.


Se conduzir cerca de uma hora por dia gasta 61.95 calorias. Gastará 82,6 calorias em apenas 20 minutos de bicicleta. De bicicleta exercita as pernas e abdominais e ainda consegue eliminar as calorias de um guloseima extra que tenha ingerido nesse dia. O luxo do carro não permite este tipo de exercício. Além disso, e o mais importante, o carro liberta muito monóxido de carbono para a atmosfera prejudicando a camada do ozono...aumento de casos de cancro de pele, e ainda destrói o ser vivo mais importante da terra, as árvores...a fonte do nosso oxigénio....sem elas deixa de haver vida.


É bom que todos pensemos nisto.


segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sentimentos


Sentimentos são afectos que transportamos por pessoas que conhecemos. Criam-se com os momentos de convivência com as pessoas e podem durar uma vida. Estes sentimentos podem ser bons ou maus de acordo com a relação estabelecida com as pessoas e os afectos construidos.


Quando falamos de sexualidade podemos falar de sentimento, ausência do mesmo ou sentimentos deturpados.



Deste modo, podemos estar numa relação porque amamos a pessoa incondicionalmente. Este amor pode ser racionalizado e mediado na relação, quando as pessoas respeitam o espaço e os momentos do parceiro. Por outro lado, pode tornar-se obssessão quando o amor é sufocante, dependente, acabando por destruir a relação. Contudo, há quem esteja nas relações, não por sentimentos maiores mas por necessidade. Pessoas que não conseguem viver sozinhas. Trocam muitas vezes de parceiro, vivem uma grande instabilidade, provavelmente não conhecem o verdadeiro sentido da palavra amor. Pessoas que amam ao primeiro olhar e perdem o encanto quando conhecem a pessoa. Pessoas que se apaixonam ferozmente quando vislumbram mais um parceiro bonito. Podemos encontrar ainda, as pessoas que, de senso comum, não nutrem sentimentos pelos outros, que são pessoas frias e distantes, que não conseguem amar. Estas pessoas que possivelmente encontram no seu passado as razões para esta latência de sentimentos sofrem muitas vezes mais que os outros, porque não é fácil contrariar uma característica que os acompanha desde cedo.




Os sentimentos são difíceis de controlar, são geridos pelo nosso inconsciente e passam-nos a perna se não houver um minimo de racionalidade no que sentimos. Ou seja, numa relação não basta sentir amor, muitas vezes mal interpretado; uma paixão. Amor constrói-se com o tempo, e existe quando se sente que se gosta dos defeitos; as pequenas birras da manhã, o mau feitio, os vícios e manias, que aparentemente nós detestamos, mas naquela pessoa gostamos. E quando percebemos que não conseguimos viver sem aqueles momentos que marcam a existência daquela pessoa, é que sentimos que nada faz sentido sem ela, e isto é um sentimento que tem raízes sólidas e aparentemente bem construídas.



Se individualmente toda esta panóplia de emoções e sentimentos são confusos e nos levam a erros normais do desenvolvimento, numa relação a dois, duplicam-se os momentos de dúvida, de angústia, de dor, de tristeza, de alegria, de amor, de paixão, de amor e paixão. Muitas vezes um dos parceiros ama e o outro apenas está apaixonado, o que precipita o fim da relação. Nessa separação o que ama sofre mais, e normalmente é o apaixonado que termina a relação. Contudo não se pode fazer desta ideia generalizada a regra, porque faz-se mais por amor do que por uma paixão, e deste modo, muitas pessoas que amam terminam relações por esse motivo.




"A paixão é uma coisa maravilhosa, que leva uma mulher e um homem a unirem as suas vidas no objectivo comum de fundarem uma família e educarem os filhos. É, porém, necessário que a paixão, para ter sentido, se torne fecunda. Ela não deve nunca ser considerada um fim em si mesma, porque, pela sua própria natureza, não pode ser senão um ponto de passagem."


(Paulo Geraldo)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Aborto


Aborto é a palavra obscura usada para designar a interrupção de uma gravidez com menos de 20 semanas de gestação.


Existem dois tipos de aborto.


O aborto espontâneo caracteriza-se pela interrupção da gravidez devido a uma ocorrência acidental ou natural. A maioria destes abortos têm origem em falhas genéticas da replicação dos cromossomas e/ou factores do ambiente.


O aborto induzido ou provocado advém de uma acção humana deliberada. designado comummente por Interrupção Voluntária da Gravidez.


De acordo com a Lei 16/2007, a interrupção voluntária da gravidez é legal em Portugal quando:

- Constitui o único meio de promover a saúde física e psiquica da mulher grávida e evitar a sua morte;

- Realizado nas primeiras doze semanas de gravidez, tendo em conta o ponto anterior;

- Se tem certezas de que o feto poderá nascer com malformações congénitas, incuráveis, e for realizado nas primeiras 24 semanas de gravidez, excepcionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo da gravidez;

- A gravidez seja fruto de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção seja realizada nas primeiras 16 semanas de gravidez;

- Por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez.


O aborto não pode nem deve ser utilizado como método contraceptivo. A criança sofre com as mais crueis formas de se realizar um aborto.


Sejam responsáveis, utilizem métodos contraceptivos como forma de prevenção da gravidez, não usem o aborto para remediar erros e infantilidades.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Aumentam os doentes de Sida em Portugal


Em Dezembro de 2007 estavam diagnosticados em Portugal 32.491 casos de infecção de VIH/SIDA. Estes são os últimos dados do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis do Instituto Ricardo Jorge, segundo avança a Lusa.


Na mesma altura em 2006 estavam notificados 30.366 casos de infecção.


Dos 32.491 casos de infecção diagnosticados até 31 de Dezembro do ano passado, 14.195 correspondiam a casos de doentes com SIDA, continuando a lista a ser liderada pelos homens (11.640) e, em termos de grupo etário, a faixa entre os 30 e os 34 anos (2.983).


Ao nível de novos casos, no ano passado registaram-se 965 (320 de SIDA), enquanto a 31 de Dezembro de 2006 existiam 987 novas infecções (412 de SIDA).


Face à contínua actualização das notificações, o número de novas infecções diagnosticadas relativas a 2006 situa-se agora em 1.636 (contra as 987 registadas no final de 2006), acrescentam ainda os dados do Instituto de Saúde Pública.


Nos grupos etários, a faixa entre 30 e 34 anos lidera o número de casos de SIDA (2.983), seguida dos indivíduos entre 25 e 29 anos (2.709) e daqueles que têm entre 35 e 39 anos (2.437).


Os toxicodependentes (6.815) continuam a ser o grupo mais afectado com casos de SIDA, seguidos dos heterossexuais e dos homossexuais/bissexuais.
Entre os toxicodependentes, existem 5.809 homens (85 por cento) doentes com SIDA e no total 57,9 por cento de casos de co-infecção de SIDA e tuberculose.


Nos casos de SIDA, em 2007 a principal categoria de transmissão continuou a ser por via heterossexual.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Porque é que as mulheres sentem prazer quando estimuladas nos seios?


Os seios da mulher, assim como o peito do homem, são sinais marcantes, destinados em parte a atrair um parceiro. Coerente com o seu papel sexual, respondem fisicamente à excitação sexual. Durante o processo de excitação, o sangue flui para os seios, e o tecido eréctil dos mamilos dilata, tornando-os salientes e extremamente sensíveis.


À medida que a relação sexual continua, os mamilos passam de duros e erectos a macios e flexíveis. As aréolas dilatam, escurecem e parecem quase "engolir" os mamilos. Nas mulheres, os tecidos de apoio e de produção de leite também reagem, e os seios dilatam-se com o fluxo de sangue. É esta característica que torna os seios da mulher mais sensíveis que o peito do homem.


Pouco antes do orgasmo, tanto os mamilos da mulher quanto os do homem ficam rosados. Os seios são o sinal evidente da feminilidade e também uma zona erógena importante da mulher. Mas a sua principal função biológica é fornecer leite para alimentar o bebé.


Nem todas as mulheres apresentam marcada sensibilidade nos seios, e nem sempre as mulheres que a apresentam, a sentem. Isto deve-se ao momento do ciclo menstrual em que a mulher se situa. Nos dias que antecedem a menstruação as mulheres podem ter os seios doridos, neste caso, a excitação sexual pode ser dolorosa ou desconfortável.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Sedução


A sedução assenta em dois princípios psicológicos muito simples.


Primeiro, na consideração pelo outro, na forma de ouvir e comunicar na linguagem do outro. Por linguagem entenda-se também a não verbal.


Em segundo lugar, no alimentar das expectativas e fantasias do interlocutor em relação ao mundo em que este se insere e em relação ao sedutor.




A chave da sedução está no mistério que o sedutor cria à sua volta, na incerteza e interesse que gera no outro, nas meias palavras e nos meios silêncios. Ou seja, numa ambiguidade que permita ao interlocutor imaginar um sedutor em possíveis papéis, que possa desempenhar, construidos pelo interlocutor quando se projecta em futuros mais apetecíveis.




O sedutor não nega nem afirma a opinião do outro. Incentiva o interlocutor a usufruir dum período em que é escutado sem oposição e com "evidente" interesse. O bom sedutor sintetiza o pensamento do outro numa frase memorável. É um criativo publicitário. Deixa o outro fascinado a pensar que foi o autor da frase, que a sua sabedoria vale mais do que o próprio já suspeitava. O sedutor oferece ao interlocutor os "direitos de autor". Torna-se mais que apreciado, torna-se desejado. O sedutor procura dar ao outro o centro do palco. Pontua o discurso dos outros com interjeições bem humoradas, por vezes, paradoxais. O paradoxo é uma arte do sedutor.




Um grande sedutor consegue deixar alguém insultado durante horas até que o outro compreenda o insulto. Mas este desprendimento e distracção são artifícios para a sedução. Um sedutor é um narciso incorrigível. Tem normalmente uma orientação bastante instrumental das suas relações. Ou seja, é um manipulador por excelência. O sedutor consegue dar ao outro a sensação de ganho, sobretudo quando desperta instintos maternais ou paternais. Consegue o verdadeiro ganho sem nunca dar a entender o que pretendia realmente. Nunca é demasiado óbvio.




O sedutor também pode ser equivocado como sendo a serenidade em pessoa. Em lugar de um calmo interlocutor, o sedutor é uma máquina de cálculos de utilidade marginal...Contudo, não é estritamente motivado pelo dinheiro ou por bens materiais. O sedutor é um fascinado pelo poder e pelo reconhecimento, que aceita com sobriedade e timidez, mesmo com embaraço.




Mas nem tudo é negativo no sedutor. É, regra geral, determinado e transpira autoconfiança e auto-estima. Acredita que é autor do seu destino, possuindo aquilo que os psicólogos denominam por "locus" interno de controlo.




Um sedutor em escala denomina-se normalmente de líder, cujo carisma é baseado na capacidade de nos entusiasmar com futuros ao nosso alcance. Futuros claros e desafiantes, difíceis, mobilizadores, a troco de orgulho e satisfação mais imaterial. E faz sonhar...é um verdadeiro comerciante de sonhos.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Até que idade a mulher pode ter sexo?


Com o passar dos anos há a tendência para se estabelecer comparações entre o sexo e o envelhecimento, desassociando-se a satisfação sexual à idade. Mas, quem assim pensa está enganado, ainda é possível ter-se mais de 50 e uma vida sexual activa e feliz.



Um inquérito aplicado por eswpecialistas norte-americanos e noruegueses, a uma amostra de mais de 1000 homens e com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, permitiu comprovar a teoria. O estudo tinha perguntas sobre o apetite sexual, a capacidade de erecção e ejaculação e concluiu que os homens entre os 50 e os 60 anos estão mais satisfeitos com a vida sexual do que a maior parte dos jovens na faixa etária dos 30. A grande conclusão que este inquérito permitiu é que, apesar de haver uma relação directa entre envelhecimento e perca de apetite sexual essa relação não se constata.



Tal como não existe uma idade para iniciar, também não existe idade para se terminar. O essencial é a mulher sentir-se bem com a relação e ser respeitada pelo companheiro.

Qual a idade apropriada para iniciar uma relação sexual?

Iniciar a vida sexual é uma escolha. Uma escolha que é individual e que deve ser pensada e tomada com maturidade seja rapazes ou raparigas. Primeiro que tudo é necessário entender que não existe uma idade certa para se ter sexo. Não existe a idade correcta para se perder a virgindade. Tudo depende de cada individuo.
Se tiveres dúvidas e muitas questões talvez seja melhor parares para pensar. Também não existe local indicado ou aconselhado. Tudo depende de ti. O teu desejo, segurança, sentimentos. Principalmente a tua maturidade física e afectiva, assim como responsabilidade. Não te deves sentir pressionada a ter sexo, ou o tipo de sexo que te é proposto. Deves sentir-te preparada e pedir a outra pessoa para esperar, se não estiveres. Se o teu namorado não quer esperar é porque não gosta assim tanto de ti. Se ele se preocupa realmente com o teu bem-estar, ele vai esperar.
São muitas as dúvidas e expectativas relacionadas com a primeira vez em que se está numa situação de grande intimidade com outra pessoa. Especialmente a primeira relação sexual com penetração. Os jovens podem sentir-se pressionados para ter relações sexuais. Muitas vezes porque os seus colegas e amigos dizem que já tiveram relações sexuais e falam das suas conquistas. Conquistas que podem ser perfeitamente invenção deles. O mais importante é que seja o momento certo para ti. Não fazer não significa que não se é crescido o suficiente. Significa o contrário: que és uma pessoa independente, que sabe pensar por si própria e escolher o momento ideal.

segunda-feira, 8 de março de 2010

A sexualidade feminina: evolução no último século



No que confere à sexualidade, no século XIX o homem lembraria o cérebro, inteligência, razão lúcida, capacidade de decisão, enquanto, que as mulheres lembrariam coração, sensibilidade, sentimentos. A relação de submissão por parte da mulher e dominância do homem estava na base de uma sociedade patriarcal.


Nos relacionamentos amorosos surgem os Flirt nos anos 50/60 (jogo de carícias, olhares, gestos, sorrisos), que para os homens não causava prejuízo algum, porém a mesma situação era diferente para as mulheres. Nos aclamados anos dourados, as mulheres deveriam ter cuidado para não “manchar a reputação”. Além de comprometer as hipóteses de candidata a esposa, a prática do Flirt por parte das mulheres revelava uma iniciativa feminina na conquista do homem, o que também era condenável. A iniciativa da conquista era sempre atribuída ao homem, se a mulher não se casasse era considerada fracassada socialmente, por isso as mulheres utilizavam estratégias antes, para atrair dependentes. Procuravam estar sempre de bom humor, ser amáveis e vestirem-se bem. Raparigas de família não abusavam do álcool, esse era um privilégio apenas masculino, elas de preferência não bebiam. Piadas mais provocantes eram impróprias, ou seja, a rapariga deveria impor sempre o respeito; o importante era as aparências e o cumprimento das regras, e não a espontaneidade e a vontade da rapariga. O namoro era considerado uma etapa preparatória para o noivado e o casamento, servia como uma fase de adaptação do casal. A rapariga deveria mostrar-se prendada, recatada, atenciosa. Nesta época as raparigas eram catalogadas de “raparigas de família” e “raparigas levianas”. As raparigas de família eram respeitadas pela sociedade da época, poderiam casar e ser donas de casa, porém deveriam manter-se virgens até ao casamento. Às levianas tudo era negado, eram mal faladas e não aceites pela sociedade. Desde muito cedo a mulher devia ter os seus sentimentos devidamente “domesticados e abafados”. Toda a mulher que fosse separada sofria de preconceito da sociedade e estava constantemente a sentir a sua conduta moral ser vigiada.


É com o surgimento da pílula, ainda na década de 60 que o direito da mulher de exercer actividade sexual desvinculada da procriação foi evidenciado. Deste modo, a mulher consegue separar sexo de casamento. Se nos anos dourados uma mulher com mais de 20 anos de idade, sem perspectivas de casar era vista como encalhada; hoje está na idade de continuar a estudar e preocupar-se primeiro com o seu futuro profissional e a sua estabilidade financeira.


Contudo, o tema da sexualidade continua a ser um assunto controverso. Se para as mulheres a virgindade já não é um tabu tão marcado, os homens consideram importante que as suas mulheres não tenham tido muitos parceiros. A preocupação com a virgindade deu lugar à preocupação com a escolha da hora para iniciar a vida sexual e a do parceiro ideal para esta relação. Deste modo, para as mulheres, actualmente, é mais fácil dar liberdade à sua sexualidade em relações de curta duração, porque a virgindade deixou de ser tabu e a separação ou divórcio já são socialmente aceites. Esta liberdade nos relacionamentos podem ser vistas como positivas, uma vez que conhecer muitas pessoas permite às mulheres fazer escolhas amorosas mais seguras.


As mulheres estão mais independentes, o casal deve caminhar junto na mesma direcção, mas ambos têm poder de decidir sobre o rumo a ser percorrido, ao contrário da época em que as mulheres não tinham opinião. O companheirismo é por isso, a chave dos relacionamentos amorosos actuais. As mulheres são mais livres, podem decidir se querem ou não ter filhos, casar ou não casar, investir ou não numa carreira profissional, tomar ou não iniciativa nos relacionamentos amorosos. As mulheres tanto podem escolher repetir os “antigos” comportamentos esperados do género, como optar por atitudes mais “modernas”.


Se nos anos 50 o processo para iniciar um relacionamento era muito mais longo e encarado com mais formalidade; inicialmente o casal conhecia as respectivas famílias e amigos e os avanços do contacto físico demoravam a acontecer; actualmente não existe uma forma de começarem.


Na sexualidade o que se pede às mulheres é moderação. Evoluir é bom, sem dúvida, mas para o bom caminho, sem que se seja demasiado radical. Igualdade de géneros não implica o mesmo tipo de comportamento.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Mitos sobre a sexualidade masculina


- Quanto maior o tamanho do pénis maior o prazer obtido e proporcionado;

- Um homem com o pénis maior tem maior potência sexual;

- A satisfação sexual da mulher depende do tamanho do pénis;

- Um pénis pequeno não pode proporcionar prazer à mulher;

- Um homem está sempre disposto a ter relações sexuais;

- Um homem está sempre disposto e deve ter sempre a iniciativa nas relações sexuais;

- Um homem que não se excite numa situação sexual "é bicha";

- Um homem não diz "não" ao sexo;

- Um homem em plenas condições sexuais deve ter erecção sempre que vê uma mulher;

- Um homem deve ter erecção total para ter orgasmo e ejacular;

- Os homens de raça negra têm maior impulso e potência sexual;

- Um homem não chora nem expressa sentimentos;

- Um homem deve aguentar até a mulher ter o orgasmo;

- Quando o homem ejacula termina a relação sexual;

- Os homens têm mais desejo que as mulheres;

terça-feira, 2 de março de 2010

Mitos sobre a sexualidade feminina


- Existem dois tipos de orgasmos diferentes na mulher, um vaginal e outro clitoriano;
- A vida sexual da mulher termina com a menopausa;
- A satisfação sexual da mulher depende do tamanho do pénis;
- Não é bem visto que a mulher tome a iniciativa da relação sexual;
- Qualquer mulher que tenha a iniciativa nas relações sexuais é uma imoral;
- A ausência do hímen indica que a mulher não é virgem;
- A mulher chega ao orgasmo ao sentir a penetração do pénis;
- A extirpação do útero e dos ovários faz com que a mulher deixe de sentir orgasmos;
- Todas as mulheres chegam ao orgasmo mas algumas não o sentem;
- Um pénis pequeno não pode proporcionar prazer à mulher;

- Há vaginas muito largas para alguns pénis;

- A primeira relação causa sempre dor e sangramento;

- Por natureza as mulheres têm menos desejo que os homens;

- A mulher demora mais a atingir o orgasmo que o homem;

- Para que a mulher fique grávida é necessário que o homem e mulher atinjam o orgasmo ao mesmo tempo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A cultura na sexualidade


A sexualidade humana é um fenómeno complexo, ou não fosse ela um comportamento ou manifestação de uma atitude. Como todos os comportamentos, a sexualidade tem uma base biológica importante gerida por hormonas e gónadas sexuais diferenciadas. Contudo, não somos só biologicamente sexuados, toda a nossa organização social e cultural são também sexuadas. É a interacção entre o biológico, o cultural e a personalidade do indivíduo que se desenvolvem comportamentos relativos à sexualidade.


É a mulher que sofre mais com a influência cultural, embora com tendências para a mudança. Nas atitudes face ao corpo, tradicionalmente, as culturas restringem a excitação e o comportamento sexual da mulher, enquanto encorajam o do homem. Se em Portugal as mulheres já conseguem maior liberdade sexual, no Islão as mulheres são obrigadas a andar sempre cobertas em público, vão ao médico sempre acompanhadas pelo marido ou familiar chegado e nas consultas de planeamento familiar só se deixam observar por mulheres.



Em algumas culturas, como os Hindus e os Mulçumanos, as relações sexuais são menos frequentes que nos ocidentes, por considerarem o sémen uma fonte de energia que não deve ser desperdiçada. Em Portugal opta-se por desculpar algumas atitudes impulsivas dos homens através dos factores biológicos, acreditando-se que os homens têm mais necessidade de relações sexuais por terem de expulsar o sémen. Contudo, tudo pode ser trabalhado e o auto-controlo é uma forma de controlar impulsos.



Nos países muçulmanos mantêm-se as restrições à sexualidade pré-marital. E em algumas religiões ocidentais estas restrições também se mantêm.



Quanto à estrutura familiar, são mais frequentes as familias monoparentais entre os negros, nomeadamente, mães solteiras. Isto deve-se ao facto de ser aceite em alguns países africanos a multiplicidade de parceiras. Na nossa cultura e nos Asiáticos este fenómeno não é característico nem aceite.



A saúde sexual e reprodutiva e a contracepção continuam a ser uma responsabilidade atribuída às mulheres. De facto, uma grande percentagem dos homes casados, em todo o mundo, refere nunca ter discutido planeamento familiar com as suas parceiras e menos de um terço é responsável pela contracepção.




A cultura tem muita influência no modo como cada indivíduo vive a sua sexualidade, contudo, cada um tem a sua personalidade e a sua ideia face à cultura sexual a que pertence.



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Porque é que tanto os homens como as mulheres sofrem depois de terminada a relação?



O ser Humano distingue-se dos outros animais pela capacidade de raciocínio e entrega aos outros pelo sentimento. Quando estamos apaixonados o nosso cérebro induz o aumento da produção de hormonas que nos permitem andar mais felizes e com um brilho diferente. Além disso, entregamo-nos à pessoa que amamos por, racionalmente, considerarmos ser a pessoa ideal para nós; confiamos a essa pessoa os nossos mais profundos segredos e acreditamos poder receber dessa pessoa a mesma confiança. Todos estes sentimentos e desejos associados vão aumentando as expectativas que temos face à continuidade da relação.


Se estas expectativas e estes sentimentos, mais, ou menos racionalizados terminam radicalmente com o fim da relação, a pessoa vai sentir-se só, vai perceber que afinal as expectativas eram só dela e que foram frustradas pelo parceiro. Neste momento, o nosso cérebro terá de realizar um novo processo racional na tentativa de nos fazer compreender que afinal aquela pessoa não era a ideal, que aqueles sentimentos não têm razão de existir.


Este processo de esquecimento é doloroso porque as nossas memórias lembram-nos sempre dos momentos bons, porque até os defeitos são vistos como virtudes e, principalmente, porque sofremos uma frustração. A resolução da frustração, ou seja, as estratégias que cada um de nós utiliza para enfrentar a frustração, é que explica o maior ou o menor sofrimento, a maior ou menor rapidez de resolução. Neste aspecto, os homens são mais perspicazes e utilizam estratégias mais bruscas e fortes, como sair com os amigos todas as noites, fazer viagens fora do país durante períodos mais ou menos longos. As mulheres usam estratégias menos adaptativas, como chorar fechada no quarto, achar que o tempo resolve quando quiser, continuar com a esperança de um regresso, não querer sair nem conhecer pessoas novas. Neste caso, as mulheres prolongam mais o sofrimento.


Contudo, cada caso é um caso e depende sempre de quem acaba a relação, do motivo que levou ao fim da mesma e da capacidade de cada um para lidar com a frustração.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A mulher pode engravidar na primeira relação sexual?


Sim, a mulher pode engravidar na sua primeira relação sexual. É necessário o uso de, pelo menos, um dos vários métodos contraceptivos. O que decide se a mulher engravida, não é o número de vezes que tem relações, mas a ausência de contraceptivos e o momento do ciclo menstrual da mulher.

Um ciclo menstrual é o período de tempo que ocorre desde o 1º dia da menstruação até ao dia antes da menstruação começar, no mês seguinte.
Geralmente um ciclo tem entre 28 a 32 dias, podendo variar. Os ciclos dependem de mulher para mulher, tal como a mesma mulher tem vários ciclos menstruais ao longo da vida. Ao 14º dia do ciclo dá-se um fenómeno denominado ovulação, caracterizado pela expulsão do óvulo de uma das Trompas de Falópio . Muitas jovens têm a sua primeira relação sexual quando estão na fase de ovulação, pois é nesta fase que a produção de estrogénios atinge o auge, provocando o aumento da líbido e consequente desejo sexual.
Actualmente, com o início precoce das relações sexuais, muitas jovens engravidam no mês em que seriam menstruadas pela primeira vez.

Toda a jovem ou mulher que queira iniciar a sua vida sexual deve consultar um ginecologista. Só um profissional qualificado vai saber indicar qual a melhor forma de contracepção para cada mulher.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As mulheres preferem fazer sexo com ou sem preservativo?


A preferência pelo uso ou ausência de preservativo prende-se com as crenças e valores de cada mulher numa relação sexual. Mulheres que valorizem mais relações protegidas por medo de doenças ou desconfiança no parceiro, preferem relações com preservativo, mesmo que isso implique menor sensibilidade. Mulheres que valorizem o prazer em detrimento da segurança preferem relações sexuais desprotegidas.




Deve-se, contudo, desmistificar a questão da menor sensibilidade nas relações com o uso de preservativo. Actualmente existem vários tipos de preservativos no mercado, disponíveis em farmácias ou supermercados. Deste modo, os preservativos que podem ter a característica de diminuir a sensibilidade no coito será o tipo retardante (retarda o orgasmo). No entanto, se comprarem preservativos extra finos, não terão esse tipo de problemas no que respeita à sensibilidade local.


Assim, o ideal é que cada casal escolha o preservativo adequado ao objectivo da relação (liso, estriado, com sabor, com cor, etc...), ou o preservativo que melhor satisfaz o casal.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Porque é que algumas mulheres são viciadas em sexo, tal como os homens?


A uma mulher viciada em sexo chama-se ninfomaníaca. Para os homens o mesmo fenómeno designa-se de satiríase. Ambos se caracterizam pela apresentação expontânea de níveis elevados de desejo e de fantasias sexuais, aumento da frequência sexual com compulsividade ao acto, controlo inadequado dos impulsos e grande sofrimento.


A ninfomania é considerada uma doença, uma compulsão, idêntica à compulsão face aos alimentos, das bulimias.


Pensa-se de senso comum que uma mulher com ninfomania deseja ter actos sexuais incessantes, mas a realidade não possui qualquer ligação com este mito. Uma mulher considerada ninfomaníaca, pode na realidade, não conseguir satisfazer os seus desejos sexuais e por isso sentir a necessidade de ter vários actos sexuais seguidos, para uma tentativa de atingir o orgasmo. Este acto sexual é seguido por culpa e em seguida novo impulso sexual para outro acto (compulsões).


Ser ninfomaníaca é um dos sintomas que se desenvolve com a perturbação de personalidade bipolar (maníaco-depressivo), na fase maníaca, com contraposição à fase depressiva. Na fase maníaca, que envolve delírio de poder e euforia, a mulher pensa que tem poder de sedução superior às outras mulheres e procura o sexo como mais uma fonte de alívio para os seus dissabores, muitas vezes sexo de risco, sem nenhuma escolha de parceiro e em regra sem o uso de preservativo.
A Unidade de Educação Sexual deixa uma sugestão para a compreensão do comportamento de uma mulher ninfomaníaca.
"Diário Proíbido" um filme baseado no livro "Diário de uma ninfómana".
Valére é uma jovem francesa ninfomaníaca que faz questão de registar as suas confissões mais íntimas no seu diário secreto.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Porque é que alguns frutos tropicais excitam as mulheres?

Muitos frutos tropicais têm efeitos afrodisíacos. Os afrodisíacos são elementos que evocam ou estimulam o desejo sexual. Os estudos são inconclusivos relativamente ao real efeito estimulante de alguns alimentos, ervas e outros suplementos, na produção de hormonas ou outras substâncias que influenciam a libido. A libido é algo difícil de estudar, o que também não tem permitido muitos estudos na área.



Os cientistas entre os quais psicólogos, consideram que o efeito destas frutas está relacionado com as profecias auto-confirmatórias, ou seja, a pessoa acredita tanto nos efeitos que acaba por se auto-motivar para a estimulação, produzindo as hormonas necessárias à estimulação da libido.



Contudo, alguns estudos mostram existir frutas e outros alimentos com potencial de estimulação. Nesse grupo podemos encontrar o Anis, o Abacate, as Bananas, o Manjericão, Cardomomo, o Chocolate, a Cenoura, a Pimenta, o Pepino, o Figo, o Alho, o Gengibre, o Mel, o Alcaçuz, a Noz-Moscada, as Ostras, o Mamão, o Pinhão.


Pode-se concluir que estes efeitos afrodisíacos dependem da sensibilidade de cada indivíduo para a estimulação da libido.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Porque é que algumas mulheres têm vontade de urinar durante o acto sexual?


Muitas mulheres desconhecem que durante o acto sexual, nomeadamente, durante ou após o orgasmo, conseguem ejacular. Muito embora todas as mulheres tenham essa capacidade, nem todas alcançam este fenómeno e não precisam dele para atingir o orgasmo.


Na totalidade dos casos em que este fenómeno se observa, a ejaculação feminina ocorre após a estimulação ritmada do clítoris e do ponto G.


"Esta expulsão convulsiva de fluídos ocorre sempre no apogeu do orgasmo e simultaneamente com ele. As profusas secreções que saem com o orgasmo não têm um objectivo lubrificador, pois nesse caso seriam produzidas no início do coito e não no auge do orgasmo." (Ernst Grãfenberg, sexólogo)


O líquido que as mulheres sentem ao ser expelido durante a "ejaculação" é claro, às vezes leitoso, ralo e geralmente sem odor. Pesquisas comprovaram que a composição é semelhante ao líquido produzido pela próstata nos homens. Apesar de muitas vezes se poder pensar que se vai urinar, o líquido não contém ureia e não provém da bexiga. No momento que antecede a ejaculação, a sensação mostra-se semelhante à vontade de urinar. Por este motivo, muitas mulheres param a ejaculação por medo ou vergonha, com receio de urinar no parceiro. Seria impossível a mulher urinar no momento do orgasmo, uma vez que, o músculo contraido na altura do clímax é o mesmo que contém a urina, assim a urina não pode ser libertada.


Se a vontade de urinar aparecer logo após a penetração, sem estar perto do orgasmo, a mulher poderá ter uma infecção urinária ou outros problemas ginecológicos e deverá dirigir-se ao ginecologista. Se essa sensação ocorre perto do orgasmo, é natural e saudável, e deve viver o momento da melhor forma possível.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Porque é que as mulheres muitas vezes simulam o orgasmo?


Sendo o orgasmo o clímax de uma relação sexual torna-se, aparentemente, incompreensível aos homens o porquê das mulheres o simularem. Contudo, é necessário compreender o porquê da necessidade desta mulher simular o orgasmo. Perceber o estado da comunicação e a qualidade da relação afectiva e sexual dessa mulher, que se reflecte na pouca confiança em relatar ao parceiro as suas dificuldades em atingir o orgasmo.


É difícil saber se a mulher finge o orgasmo para agradar o parceiro ou terminar a relação sexual mais depressa. Ambos podem acontecer. Quando as mulheres consideram que a relação está desadequada, podem fingir orgasmos para que a relação sexual termine rapidamente.


A simulação de um orgasmo pode ocorrer quando a mulher tem medo de perder o parceiro. Este caso acontece em mulheres que não conseguem ter orgasmos (disfunção sexual), ou em casais cujo homem só acredita no prazer da mulher quando esta atinge o orgasmo. Neste último caso, é importante os homens deixarem o mito de lado, não é porque o orgasmo não foi alcançado que não existiu prazer na relação.


O homem não costuma perceber quando a mulher tem um orgasmo, ou está apenas a fingir. Ao contrário do masculino, que é correlacionado à ejaculação, o orgasmo feminino manifesta-se por contracções subtis da vagina, o que dificulta a sua percepção.


Deste modo, é preciso primeiro, que a mulher conheça o seu corpo e saiba alcançar o prazer, sozinha. Além disso, é preciso uma conversa franca e de qualidade entre o casal.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Porque é que as mulheres são muito violentas quando praticam amor com o parceiro?

Ao pensar nas relações afectivo-sexuais entre casais, é importante entender as concepções de amor existentes nessa relação. Parece existir uma estreita relação entre as concepções de amor e de violência.


Aparentemente, os estudos não indicam que as mulheres apresentem comportamentos mais violentos ou, sejam muito aviolentas com o parceiro, durante o acto sexual. No entanto, cada indivíduo define e identifica a intensidade dos comportamentos de forma diferente. Assim, o que poderá ser um comportamento violento para um indivíduo pode não ser considerado como violento por outro indivíduo.


Há uma tendência para as mulheres gostarem de comportamentos mais agressivos durante o acto sexual, vindos do parceiro (palmadas, penetração forte). Quando a mulher atinge o auge da excitação, comportamentos mais bruscos podem desencadear comportamentos mais agressivos das mulheres para com o parceiro. Contudo, estes comportamentos nem sempre se verificam, havendo mulheres que não gostam da agressividade durante o acto sexual.


Compete a cada casal comunicar o que gostam mais, o que os excita mais e ajustarem-se um ao outro.


Se consideras a tua namorada violenta, deves falar com ela. Ela pode pensar que tu até gostas e fazê-lo por ti. Como esta, podem existir outras razões para o seu comportamento. Utilizem a comunicação para melhorar a vossa relação.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A Disfunção Eréctil (DE) tem origem nos orgãos genitais ou na cabeça?

A Disfunção Eréctil (DE) ou "Impotência sexual" é a incapacidade constante ou recorrente de obter ou manter uma erecção durante pelo menos 3 meses.


A erecção resulta de um processo complexo que envolve o cérebro, as hormonas, os nervos pélvicos e os vasos sanguíneos.


Apesar da presença de factores psicológicos, a DE resulta com maior frequência de uma causa física, geralmente, uma doença crónica sistémica, o efeito secundário de um tratamento instituído ou ainda a combinação destes factores. As causas etiológicas mais comuns da DE são a doença coronária, a ateroesclerose, a diabetes, a obesidade, a hipertensão arterial e a síndrome metabólica.


Outros factores importantes no desenvolvimento da doença são, o tabagismo, o alcoolismo crónico, certas medicações, nomeadamente, o tratamento do cancro da próstata, doenças neurológicas tais como a doença de Parkinson e a Esclerose Múltipla.


As causas psicológicas da DE representam 10 a 20% dos casos e incluem a depressão, ansiedade, stress, cansaço, assim como problemas relacionais com a parceira.


A sobreposição de um problema psicológico numa causa física menor inicial poderá ser a origem de uma DE grave.


Concluindo, cada caso é único e singular devendo ser tratado de forma individual.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Colocação correcta do preservativo masculino

Olá a todos.

Como falamos na mensagem anterior, hoje vamos explicar como se coloca um preservativo masculino.

1º passo
:
- O preservativo deve estar dentro do prazo de validade.

- Não deve ter estado guardado em locais sujeitos a variações de temperatura (ex: o porta-luvas do carro).

- Não deve ser guardado na carteira nem nos bolsos das calças.

2º passo:

- Deves verificar se o preservativo verte líquido antes de o abrires.

- Ao manuseares e colocares o preservativo deves ter cuidado com as unhas e objectos cortantes, para não haver ruptura da borracha.

3º passo:

- Não abras a embalagem com tesouras ou outros objectos cortantes.

- Não deves rasgar com os dentes.

- Deves abrir com os dedos tendo o cuidado de não danificar o preservativo.


4º passo:

- Deves colocar o preservativo quando o pénis estiver erecto e antes de qualquer contacto com os órgãos genitais.

5º passo:

- Deves colocar o preservativo apertando a bolsa existente na extremidade para evitar a retenção de ar. Se retiver ar, poderá rebentar.


6º passo:

- Deves desenrolar o preservativo de modo a revestir completamente o pénis, para impedir qualquer extravasamento do esperma.

7º passo:

- Qualquer lubrificante que utilizares deve ser sempre, e só, à base de água, pois o óleo pode enfraquecer e danificar a borracha.

Retirar o preservativo:

- Deves retirar o preservativo com cuidado e dar-lhe um nó.

- Não o deves colocar na sanita.

"Faz amor e não sexo."

"O sexo não é uma competição, nem deve ser um jogo ou passatempo."

"Faz sexo seguro!"

Patrícia Fonseca