sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Porque é que tanto os homens como as mulheres sofrem depois de terminada a relação?



O ser Humano distingue-se dos outros animais pela capacidade de raciocínio e entrega aos outros pelo sentimento. Quando estamos apaixonados o nosso cérebro induz o aumento da produção de hormonas que nos permitem andar mais felizes e com um brilho diferente. Além disso, entregamo-nos à pessoa que amamos por, racionalmente, considerarmos ser a pessoa ideal para nós; confiamos a essa pessoa os nossos mais profundos segredos e acreditamos poder receber dessa pessoa a mesma confiança. Todos estes sentimentos e desejos associados vão aumentando as expectativas que temos face à continuidade da relação.


Se estas expectativas e estes sentimentos, mais, ou menos racionalizados terminam radicalmente com o fim da relação, a pessoa vai sentir-se só, vai perceber que afinal as expectativas eram só dela e que foram frustradas pelo parceiro. Neste momento, o nosso cérebro terá de realizar um novo processo racional na tentativa de nos fazer compreender que afinal aquela pessoa não era a ideal, que aqueles sentimentos não têm razão de existir.


Este processo de esquecimento é doloroso porque as nossas memórias lembram-nos sempre dos momentos bons, porque até os defeitos são vistos como virtudes e, principalmente, porque sofremos uma frustração. A resolução da frustração, ou seja, as estratégias que cada um de nós utiliza para enfrentar a frustração, é que explica o maior ou o menor sofrimento, a maior ou menor rapidez de resolução. Neste aspecto, os homens são mais perspicazes e utilizam estratégias mais bruscas e fortes, como sair com os amigos todas as noites, fazer viagens fora do país durante períodos mais ou menos longos. As mulheres usam estratégias menos adaptativas, como chorar fechada no quarto, achar que o tempo resolve quando quiser, continuar com a esperança de um regresso, não querer sair nem conhecer pessoas novas. Neste caso, as mulheres prolongam mais o sofrimento.


Contudo, cada caso é um caso e depende sempre de quem acaba a relação, do motivo que levou ao fim da mesma e da capacidade de cada um para lidar com a frustração.

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