terça-feira, 1 de junho de 2010

Gravidez e cultura


Hoje comemora-se o Dia Internacional da Criança.


Deste modo, vamos iniciar hoje no nosso blog o tema da gravidez.


Estudos transculturais sobre costumes, mitos e superstições manifestam-se de grande interesse na compreensão da psicodinamia da gravidez. As diferenças entre povos primitivos e povos ocidentais são interessantes para o desenvolvimento do feto. Enquanto nos povos primitivos é geralmente praticada a frugalidade (a mulher grávida come pouco e os seus desejos alimentares são contrariados), nos povos ocidentais existe a ideia generalizada que a boa alimentação da grávida é essencial para o desenvolvimento do feto e os apetites da grávida são satisfeitos ou mesmo encorajados. Curiosamente, nos povos primitivos em que a regressão oral é contrariada são raras as náuseas e os vómitos enquanto que nos povos em que a oralidade é estimulada existem, com frequência, náuseas e vómitos durante a gravidez.


Relativamente à genitalidade passasse o inverso: enquanto que nas culturas primitivas existe a ideia de que as relações sexuais durante a gravidez são benéficas para fortalecer o feto, nas culturas ocidentais pensa-se que podem prejudicá-lo. Assim, enquanto que nas culturas primitivas se acredita que o sémen ajuda a desenvolver o feto, os povos ocidentais consideram que o que é importante não é a genitalidade mas sim a alimentação da grávida.


No que diz respeito aos tabus, as teorias psicodinamicas de Freud explicariam alguns fenómenos interessantes que deixarei para quem tiver curiosidade em saber mais. Podem procurar essa informação na Unidade de Educação Sexual da EPN.

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