É a mulher que sofre mais com a influência cultural, embora com tendências para a mudança. Nas atitudes face ao corpo, tradicionalmente, as culturas restringem a excitação e o comportamento sexual da mulher, enquanto encorajam o do homem. Se em Portugal as mulheres já conseguem maior liberdade sexual, no Islão as mulheres são obrigadas a andar sempre cobertas em público, vão ao médico sempre acompanhadas pelo marido ou familiar chegado e nas consultas de planeamento familiar só se deixam observar por mulheres.
Em algumas culturas, como os Hindus e os Mulçumanos, as relações sexuais são menos frequentes que nos ocidentes, por considerarem o sémen uma fonte de energia que não deve ser desperdiçada. Em Portugal opta-se por desculpar algumas atitudes impulsivas dos homens através dos factores biológicos, acreditando-se que os homens têm mais necessidade de relações sexuais por terem de expulsar o sémen. Contudo, tudo pode ser trabalhado e o auto-controlo é uma forma de controlar impulsos.
Nos países muçulmanos mantêm-se as restrições à sexualidade pré-marital. E em algumas religiões ocidentais estas restrições também se mantêm.
Quanto à estrutura familiar, são mais frequentes as familias monoparentais entre os negros, nomeadamente, mães solteiras. Isto deve-se ao facto de ser aceite em alguns países africanos a multiplicidade de parceiras. Na nossa cultura e nos Asiáticos este fenómeno não é característico nem aceite.
A saúde sexual e reprodutiva e a contracepção continuam a ser uma responsabilidade atribuída às mulheres. De facto, uma grande percentagem dos homes casados, em todo o mundo, refere nunca ter discutido planeamento familiar com as suas parceiras e menos de um terço é responsável pela contracepção.
A cultura tem muita influência no modo como cada indivíduo vive a sua sexualidade, contudo, cada um tem a sua personalidade e a sua ideia face à cultura sexual a que pertence.