O parlamento de Portugal aprovou o casamento gay.
A igreja é contra porque Deus criou o homem e a mulher para reproduzir, numa tentativa de criar um mundo de encaixe perfeito entre os opostos.
Afinal o que é a homossexualidade?
Muitos cientistas acreditam que a Orientação Sexual seja moldada, na maioria das pessoas, nos primeiros anos de vida, através de complexas interações de factores biológicos, psicológicos e sociais, variando de uma cultura para outra.
Para a maioria das pessoas, a orientação sexual emerge no início da adolescência, antes mesmo de qualquer experiência sexual. Algumas pessoas relatam ter tentado, durante muitos anos, mudar a sua orientação sexual de homossexual para heterossexual, sem sucesso.
A orientação sexual não é uma escolha. Por estas razões, os psicólogos não consideram que, para a maioria das pessoas, a orientação sexual seja uma escolha consciente, que possa ser voluntariamente mudada. Por isso, não se deve falar em “opção” ou “escolha sexual”, mas em “orientação sexual”.
O preconceito pelo homossexual baseia-se em esteriótipos preconcebidos, na ignorância ou em fundamentações religiosas homofóbicas.
As pessoas geralmente temem aquilo que não entendem, e odeiam aquilo que temem. Esta é a base do preconceito e, quando este preconceito é direcionado aos homossexuais, é chamado de “homofobia”.
Ontem numa aula discutia-se esta temática com fervor quando algumas questões foram sacudidas pelos alunos como forma de justificarem a sua posição favorável ou não, ao acontecimento da semana.
Dizia-se de senso comum que não se pode legalizar um casamento gay porque Deus criou o homem e a mulher, diferentes entre si, por algum motivo. Motivo esse, que se prende, essencialmente, com a reprodução.
Pensando evolutivamente no comportamento da sociedade portuguesa. Quando era criança o sexo era tabu e as raparigas tinham de casar virgens, e sonhar eternamente por um príncipe que não existe. Actualmente, são os nossos pais e avós os primeiros a afirmar: “Não te cases. Vive junta primeiro para ver se dá.”
Há meia dúzia de anos, o sexo deixou de ser tabu entre muitos e começou a falar-se de homossexualidade. Agora que a homossexualidade apresenta estigmas menos definidos questionamo-nos “e a adopção?” Crianças que vivam com gays serão crianças estigmatizadas? Talvez, mas como diz a evolução, a sociedade vai adaptar-se e, daqui a uns anos, tudo será perfeitamente normal.
Patrícia Fonseca
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