O comportamento sexual pode ser um reflexo hereditário, um aspecto médico, cultural, circunstancial, etário e pessoal. A sexualidade é muito complexa, tanto qualitativamente como quantitativamente.
Hipersexualidade
A maioria das pessoas com sintomas de hipersexualidade não apresentam nenhum sintoma aparente, de outra disfunção neuropsiquiátrica. Será correcto pensar-se numa patologia para estas pessoas, ou seja, estamos perante uma condição médica, ética ou pessoal?
Para se pensar na hipersexualidade como patológica, segundo os autores e as directrizes da psicopatologia, o Comportamento Sexual Compulsivo deveria causar sofrimento emocional e proporcionar sérias consequências interpessoais, ocupacionais, familiares e financeiras. Mesmo assim, este seria um critério dúbio, pois se há uma sexualidade patológica, na qual o apetite e as fantasias sexuais aumentam a tal ponto que ocupam quase todos os pensamentos e sentimentos, estariamos perante um Obsessivo-Compulsivo com sintomatologia sexual.
Por outro lado, se a pessoa exige gratificação sexual sem maiores considerações éticas, morais e legais, envolvendo-se numa sucessão impulsiva e insaciável de prazeres, está-se perante uma Perturbação Borderline da Personalidade, com sintomas sexuais.
Contudo, o Comportamento Sexual Compulsivo pode ainda estar associado a outras doenças psiquiátricas, particularmente ao abuso de substâncias psicoactivas, Perturbações da Ansiedade, Perturbações da Personalidade e outras Perturbações do Controlo de Impulsos.
É muito difícil diagnosticar qualquer destas Perturbações ou Comportamentos de Hipersexualidade. Múltiplos factores devem ser tidos em consideração para um bom diagnóstico.
As pessoas devem deixar os termos ninfomania e donjuanismo, rótulos prejorativos que só trazem problemas na definição das Patologias relativas à Sexualidade.
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